E a saga continua... E o Paladino não é mais um Paladino

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E acompanhem a Saga da Guerreira!!!

Entrei naquela estalagem, único lugar que aceitaria-me (com uma sobre-taxa, é claro), mas àquela altura, o dinheiro era coisa fútil.
Estava fraco, fui escorando-me pelas paredes até o quarto, quanto a guerreira, estava cuidando de meu cavalo, que também carecia de cuidados, afinal o expus a perigos desnecessários nesses últimos tempos, e foi bom pois pude refletir sozinho acima de tudo.
Quando desabei na cama, foi como se tivesse caindo de um penhasco, os meus sentimentos de alegria, felicidade, satisfação, ódio, tristeza, carinho, amor, medo, desilusão, tudo estava sendo arrancado do meu coração, tudo doia ao sair, desmaiei...
Quando dei por mim, estava num deserto de se perder de vista, era frio e o chão era de uma matéria dura, inflexível, e o céu era de um negror profundo, sem estrelas, sem luz, a única luz que ali perdurava parecia sair de mim, mas era fraca e estava prester a se apagar... Eu não podia correr, não tinha porquê, não tinha pra onde ir... não tinha o que seguir, estava nu, estava entrando em estado de torpor, foi quando eu vi... parecia de início uma estrela, por tanto eu não desperdiçei minha atenção com isso, estava concentrando forças pra me manter em pé, mas algo me chamou a atenção naquela estrela, por que naquele continente gélido, ela emanava um calor que atravessava aquela densa escuridão, e chegava até mim, me fazendo reacender a chama que em mim queimava, e começei a me dirigir em sua direção.
Não tinha percebido, que mesmo estando nu, estava tão pesado, cada passo, me cansava como em uma caminhada longa, e o chão que parecia-me tão liso e sem imperfeições, agora quanto mais eu chegava perto daquela luz, parecia ser irregular e cortante, furava meus pés, quanto mais eu andava naquela direção, mais pesado eu ficava, mais fundo me penetrava as facas do chão, mais difícil parecia ser continuar, dei um passo para trás, e tudo parecia ficar tão mais fácil, tão mais leve, tão mais lógico, tão mais confortável... Mas não podia simplesmete largar ali, não ali, não agora, havia de continuar, mesmo ainda não sabendo onde aquela luz podia me levar.
Não sei se levei horas, dias, semanas percorrendo esse caminho, que me ficava mais doloroso cada meio passo que eu dava, já estava cego, me guiando apenas pelo calor daquela estrela, cai algumas vezes, mas me era doloroso demais cair, pois o chão se fazia em facas, estava aquecido, e quis continuar, minhas forças tinham-se esvaído fazia tempo, estava realmente sendo puxado, por um abraço, forte e quente, estava chorando... Conseguia chorar? Sei que estava num lugar iluminado, pois a luz invadia meus olhos e iam direto para meu cérebro, e de repente meus pés pisaram em algo que não me cortava, e eu não estava mais tão pesdao, e eu podia respirar novamente, consegui abrir meus olhos, ardiam muito, depois de muito esfregá-los, vi onde eu estava, estava sentado na cama, e era dia, a guerreira me abraçava num acesso de choro, e era tão afável aquele gesto, não sei porque, mas quando abraçei-a, ela deu uma golfada de um choro renovador, e dizia-me palavras de bem, lembro-me bem quando ela disse: "Rezei tanto por você, quando acordei a noite e você estava frio e branco como um cadáver, abri seus olhos, estavam dilatados, ouvi tua respiração, estava tão fraca quanto ao teu pulso... E me desesperei"
Me lembro também qunado falei: "Agora acabou..." E pegando as mãos dela e trazendo junto a meu peito... "Essa fase de desespero acabou, tudo que tinha que ser chorado, já foi chorado, tudo o que tinha que ser esquecido, já foi esquecido, agora o que a gente fizer, será parte da nossa história" E ela me beijou, como se fosse a primeira vez... E consumimos nossas últimas energias ali, depois dormimos, um sono que igual antes nunca tivera tido... E nos preparamos, para qualquer monstro que tivessemos pela frente, sei que agora não posso mais me proclamar como Paladino, mas meu Deus não me abandonou, pois ele sabe que não fiz nada de errado, e a partir de agora, só a Guerreira que poderá me chamar assim à vontade. Meu Deus me manteve com poderes ainda, mas com ressalva, ainda tenho uma missão a concluir, que é ajudar meu anjo a reerguer vôo. Não será fácil, mas hei de dar a minha história pra que isso aconteça... por enquanto descancemos, pois amanhã será um dia diferente de hoje, e só Deus poderá dizer o que nos espera. Mas sei que hei de ser mais forte, pois agora tenho daonde tirar forças para, pelo menos, um bom sorriso por dia.